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19 de fevereiro de 2009

Intervenção sobre a Política Europeia de Segurança e Defesa e a NATO na Plenária do Parlamento Europeu, Bruxelas, 18 de Fevereiro de 2009 

Agradeço aos relatores Ari Vatanen e Karl von Wogau o seu trabalho e esforço de consenso, em especial no difícil tema das doutrinas nucleares, que é urgente que a UE e a NATO revejam num tempo em que o Presidente Obama ressuscita o objectivo de libertar o mundo de armas nucleares e dois submarinos europeus com armas nucleares quase provocaram uma catástrofe.
Os relatórios Vatanen e Von Wogau apontam a necessidade de uma União Europeia política, estratégica e operacionalmente autónoma através de uma PESD ambiciosa; precisamos dos instrumentos institucionais, financeiros e operacionais para concretizar estes objectivos.
Por isso exigimos estreita colaboração entre NATO e UE baseada no respeito pela autonomia política de cada uma das organizações, que são complementares; por isso exigimos a criação de um Quartel-General permanente da UE em Bruxelas capaz de planear e conduzir autonomamente operações militares da PESD; por isso exigimos que os Estados Membros da União intensifiquem os seus esforços para gastar melhor, de forma mais eficiente, e mais europeia, uns orçamentos nacionais de defesa que, isoladamente, pouco podem.
A mensagem deste Parlamento é inequívoca e serve de aviso: sem a Europa da Defesa a Defesa na Europa fica posta em causa. Em causa poderão ficar as nossas indústrias de defesa; em causa poderão ficar as capacidades de que a Europa precisa para exercer a sua responsabilidade de proteger populações civis e evitar massacres e genocídios; e em causa poderá ficar a Europa como actor global na gestão de crises.
A extensão da integração política europeia à segurança e à defesa, como previsto no Tratado de Lisboa, é urgente e deve ser acelerada: não só no interesse da União Europeia, mas também no da NATO, já que ambas as organizações colherão os frutos de uma Europa mais bem equipada para lidar com os crescentes desafios à segurança dos europeus e à segurança global.

Bruxelas, 18 de Fevereiro de 2009

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